sexta-feira, 22 de abril de 2011

Entre a coxia e o palco: um grito por uma sociedade de poetas vivos

De tempos em tempos, algo acontece que nos motiva a pensar e refletir ainda mais sobre determinadas situações, em alguns desses momentos, escrever tais coisas levam a organizar algumas ideias e, motivam outros olhaers depois que tudo se acalma... é como dizem "depois da tempestade, vem sempre a bonança"... Acho que nesse caso, vivemos em busca das grandes ondas.



Em 2010, em determinado contexto, provocante, teci alguns comentários a respeito da educação, em especial, com relação a falta de humanização (ou seria de humanidade?) nos espaços virtuais educacionais, um grito de desabafo, sobre posturas tradicionais em espaços que deveriam ser universais. Mas, a inquietação não deixou de existir e refletir também sobre espaços presenciais.

E, entremeio a tantas questões, vamos nos deparando com situações e circunstâncias que nos forçam a tentativa de uma compreensão: quem somos? Onde vamos? De que lado estamos? Ou ainda, por que necessariamente temos que estar do lado de algo ou alguém?



Como em um flash de imagem que percorrem séculos e séculos de histórias contadas por alguém, vamos construindo nossas identidades e nossas percepções. Estando em diferentes partes do espetáculo - ora na platéia como expectador, ora no palco como protagonista de nossas histórias, ora na coxia como diretores e auxiliares na criação de um grande espetáculo. E é assim que, histórias vão sendo construidas.



Na disciplina de Estudos sobre currículos oferecida no primeiro semestre de 2011 na Universidade Estadual de Goiás - UnU Goiânia (ESEFFEGO), algumas discussões trazem à tona várias dessas inquietações, sobre diferentes olhares. Esse é o objetivo da construção desse texto coletivo, um grito por uma sociedade de poetas vivos.



Seria impossível não delinear caminhos e, perpassar conceitos históricos sobre currículo. Segundo Sacristán (2000) currículo é um conceito de uso relativamente recente e etmologicamente vem do latim e significa caminho, carreira. Outrora, vários autores como Sacristán, Forquin, Silva entre outros. Quais são então, os sentidos e significados de uma compreensão sobre o currículo? Qual perspectiva do seu olhar: platéia, coxia ou palco? Isso influencia? De que forma?